Nos últimos meses, o Lovable ganhou os holofotes como a solução perfeita para criar aplicativos sem código. O marketing promete simplicidade, rapidez e autonomia total: qualquer pessoa poderia lançar um app em minutos. Mas, como toda tecnologia emergente, existe um lado que pouca gente comenta.
Esse fenômeno não é exclusivo do Lovable. Outras ferramentas de vibe coding e AI coding, como Bolt, Windsurf e Cursor, seguem a mesma lógica: você escreve o que quer e a inteligência artificial constrói. Mas será que essa promessa realmente se sustenta no longo prazo?
As campanhas dessas plataformas repetem frases de impacto:
Esse discurso cria expectativa de independência total. Mas a realidade mostra que, sem base técnica, a dependência das ferramentas só aumenta.
Na prática, os casos de uso dessas ferramentas costumam ser bem limitados.
O mais comum são CRUDs básicos, listas de tarefas, dashboards internos e landing pages. Para isso, já existem soluções mais baratas e escaláveis, como WordPress, Webflow ou Framer.
O Lovable cobra uma assinatura mensal. Outras ferramentas seguem o mesmo modelo:
Além disso, o ecossistema exige serviços extras: Supabase, Firebase, SendGrid, Twilio, AWS S3. Cada integração representa um custo adicional.
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Os dados geralmente ficam em bancos como Supabase/Postgres. É possível exportar, mas quase sempre é necessário refatorar o schema. Arquivos maiores dependem de storage pago.
Ferramentas como Bolt e Lovable exportam o projeto para GitHub, mas o código gerado costuma ser cheio de dependências e inconsistências. Desenvolvedores experientes preferem reescrever do zero.
Se a assinatura é cancelada, o projeto quebra. Se cresce, precisa de dev. E esse custo pode ser bem mais alto que o prometido nos cursos que vendem “independência”.
Muitos projetos criados em Lovable ou Bolt acabam enfrentando um dilema: manter código confuso ou reescrever tudo. Na maioria das vezes, reescrever é mais barato e sustentável.
Algumas soluções recomendadas para crescer com solidez:
Todas vendem a mesma ideia: “você não precisa aprender programação”. Na prática, você só troca o custo de aprender pelo custo de depender.
Esse ponto é crucial: a escolha da plataforma impacta diretamente no branding da sua empresa.
Um app que quebra com o cancelamento da assinatura transmite instabilidade. Uma landing page feita em ferramenta frágil pode comprometer a experiência do usuário. E branding não é só logotipo: é consistência, confiança e percepção de valor.
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Essas ferramentas só valem a pena quando a aplicação gera receita ou reduz custos de forma clara.
Lovable, Bolt, Windsurf e Cursor são ótimos para validar ideias e protótipos. Mas não resolvem os desafios de manutenção, escalabilidade e custo no longo prazo.
Antes de embarcar no hype, faça a pergunta central:
“Esse app vai gerar dinheiro suficiente para pagar a manutenção?”
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